O Papa Francisco invocou a memória de Teresa de Calcutá e do Papa João XXIII para a sua viagem à Bulgária e à Macedónia, que começa esta semana.

Em duas mensagens de vídeo, divulgadas pelo Vaticano e dirigidas aos habitantes dos dois países, Francisco diz que o faz em peregrinação e em nome da paz e da concórdia.

“Viajar até à Bulgária será para mim e para os meus colaboradores uma peregrinação no sinal da fé, da unidade e da paz”, diz o Papa, enaltecendo o testemunho dos búlgaros em termos de fé.

“A vossa terra é pátria de testemunho da fé, desde os tempos e quem os santos irmãos Cirilo e Metódio semearam entre vós o Evangelho: uma semente fecunda, que deu frutos abundantes até nos períodos mais difíceis do século passado”, diz Francisco, recordando ainda que “São João Paulo II repetia-o frequentemente, ele que tanto se esforçou para que a Europa redescobrisse a força libertadora de Cristo”.

Mas é outro santo ainda que marca a viagem do Papa Francisco. “A minha peregrinação feita na memória do Santo Papa João XXIII, que nos quase dez anos que passou em Sofia como Delegado Apostólico criou com o vosso povo um elo de estima e de afeto que ainda perdura. Ele era um homem de fé, de comunhão e de paz. Por isso escolhi como lema da viagem o título da sua histórica encíclica ‘Pacem in terris’. Peço-vos, por favor, que me acompanhem com a vossa oração. Obrigado!”

Francisco passará apenas uma dezena de horas na Macedónia, mas fá-lo-á evocando uma das mais queridas filhas daquele país. “Confio a minha visita à intercessão de uma grande santa, filha da vossa terra: Madre Teresa. Nascida e educada em Skopje, tornou-se, pela graça de Deus, uma corajosa missionária da caridade de Cristo no mundo, dando conforto e dignidade aos mais pobres dos pobres.”

Francisco não esconde as dificuldades que o país atravessa, com frequentes tensões entre diferentes etnias. “Eu venho até vós para lançar estas sementes, seguro de que a vossa terra é boa e que saberá acolher e dar fruto. De facto, a particular beleza da face do vosso país deve-se precisamente à variedade das culturas e das pertenças étnicas e religiosas que aqui habitam. É certo que essa convivência nem sempre é fácil, como sabemos. Mas é um esforço que vale a pena, porque os mosaicos mais belos são os que têm maior riqueza de cores.”

Francisco parte no domingo para a Bulgária, onde permanece até terça-feira. Na terça viaja para Skopje e nesse mesmo dia regressa a Roma.

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