O Papa Francisco recebeu esta sexta-feira em audiência a Associação Italiana dos Professores Primários.

Francisco deixa três conselhos a estes professores, o primeiro dos quais estimular nos mais pequenos a cultura do encontro e “a abertura ao outro como rosto, como pessoa e irmão a conhecer e a respeitar”.

O desafio, diz o Papa, passa por “formar miúdos abertos e interessados pela realidade que os rodeia” e “livres dos preconceitos” que hoje alimentam a competitividade e a agressividade “de uns contra os outros”.

O Papa pede, por isso, uma aliança educativa entre a escola e a família das crianças, admitindo que isto não é nada fácil “em tempo de crise”. Não se trata de um regresso ao passado, mas de uma exigência construtiva, “consciente das actuais mudanças no seio da família e da escola”, capaz de favorecer “uma nova cumplicidade entre pais e professores”, para poderem enfrentar as dificuldades inerentes à educação.

Por fim, o Papa alerta para a importância de uma “educação ecológica”, mas quer não seja “esquizofrénica”. Dando como exemplo, quem se defenda os animais em extinção, mas ignora os problemas dos idosos; ou que defende a floresta amazónica mas não dá importância aos salários dos trabalhadores.

O Papa considera que a educação para a responsabilidade deve começar logo de pequenino e nas circunstâncias do dia-a-dia.

Durante o seu pontificado Francisco tem dedicado muita atenção à questão da educação, sublinhando o respeito pela liberdade dos pais na educação dos seus filhos. Um exemplo desta sua preocupação foi a inclusão de um capítulo inteiro na exortação apostólica Amoris Laetitia sobre a educação, apesar de este não ter sido um assunto a que foi dada particular atenção por parte dos bispos no sínodo da Família.