A reitora da Universidade Católica Portuguesa (UCP) anunciou esta terça-feira a criação de um fundo “Papa Francisco” para ajudar alunos carenciados e refugiados, assinalando o 50.º aniversário da instituição académica.

“Vamos dedicar ao Papa um fundo que tem como objectivo financiar estudantes carenciados, na Universidade Católica, refugiados e migrantes”, disse Isabel Capeloa Gil, em declarações à Agência Ecclesia e à Renascença.

O Papa Francisco vai receber em audiência uma delegação da Universidade Católica Portuguesa, a 26 de Outubro, no Vaticano, por ocasião dos 50 anos da instituição.

Isabel Capeloa Gil apresenta o fundo para estudantes carenciados como “o presente” da UCP ao Papa, que é acompanhado, simbolicamente, por uma cruz peitoral, obra da portuguesa Carolina Curado.

A designer de joias e bióloga concebeu uma obra que “articular minerais e madeira com a representação da fauna, da flora e o peixe do Cristianismo”, procurando representar o espírito da encíclica “Laudato si”, adianta a responsável.

O Fundo Papa Francisco deve ter, numa primeira fase, um montante de 100 mil euros, e a duração de cinco anos.

A reitora da UCP considera que o encontro com o Papa vai ser “o momento alto” das celebrações deste aniversário, que vão durar um ano, tendo começado no momento em que se concluíram as comemorações do Centenário das Aparições de Fátima.

O decreto de fundação da UCP tem como data o dia 13 de Outubro de 1967.

“Queremos que seja uma oportunidade de projetar o futuro, o Papa Francisco é um homem que nos interpela a cuidar do que temos e a deixá-lo para as gerações futuras”, assinala Isabel Capeloa Gil.

A responsável fala num compromisso com a “visão integral do mundo” proposta pelo pontífice, procurando que a Universidade seja “um espaço aberto, de diálogo”.

A sede da Universidade Católica, em Lisboa, acolheu esta terça-feira o início do ciclo de Grandes Conferências “Futuros Globais”, com a intervenção do Patriarca, D. Manuel Clemente, sobre o tema “50 anos de ciência para um futuro global”.

Ao longo de um ano, a começar em outubro de 2017, a UCP pretende “dialogar com visionários” para projetar o futuro, realçou Isabel Capeloa Gil.