O bispo de Bragança-Miranda considera que a chave para o “desenvolvimento integral” do Nordeste Transmontano pode estar no turismo.

“Bragança, que por muitos é tida como a periferia das periferias, tem tanto a oferecer, tanta riqueza, tantas oportunidades”, constata D. José Cordeiro.

O prelado realça que o “turismo é casa de todos” e manifesta abertura e disponibilidade da Igreja para, em “colaboração reciproca com as várias pessoas e instituições, mostrar o que de belo, de autêntico, de positivo” existe na região.

“Daquilo que conheço da diocese, e na boa relação transfronteiriça que temos com as cinco dioceses confinantes, e com todas as outras plataformas que podem ser criadas no território, com as autarquias e outras instituições, podemos fazer com que o turismo seja um factor de desenvolvimento integral para esta região”, afirma o prelado à Renascença.

O desejo de D. José Cordeiro é que o turismo possa ser a “’árvore do pão’ também para a diocese de Bragança-Miranda, e para o território do Nordeste Transmontano”.

“E aqui, é decisivo o turismo religioso”, considera o prelado, defendendo que é necessário, além de “ter as portas abertas de todas as igrejas, procurar uma inventariação de tudo o que de belo e magnifico existe na região, dotar de meios mais modernizados, mais e melhores acessibilidades, até de sinaléticas, e tantas outras coisas que falta construir no território”.

O bispo de Bragança-Miranda compara a “elegância do turismo e da arte de viajar” ao ouriço que produz a castanha, “considerada como o ouro, o ‘petróleo’ da região”, para manifestar o desejo de “que a cultura e o turismo possam trazer mais turistas ao território” e que quem vem pela primeira vez, fique encantado e queira voltar.

D. José Cordeiro participou esta sexta-feira no Smart Travel, congresso Internacional dedicado ao Turismo, Cidades e Territórios com uma conferência sobre turismo religioso.

O evento dos destinos, cidades e regiões inteligentes em Portugal, que decorre até amanhã em Bragança, assume o turismo como um dos catalisadores fundamentais para o desenvolvimento económico e, consequentemente, social de regiões como o Nordeste Transmontano.