O Papa Francisco fez este domingo um apelo contra o hábito de consultor horóscopos e outras formas de tentar prever o futuro.

Durante a sua reflexão antes do Ângelus, na Praça de São Pedro, Francisco falava do discurso de Jesus diante de Jerusalém, que contém vários elementos apocalípticos.

“Todavia, estes elementos não são o essencial da mensagem. O núcleo central à volta do qual roda o discurso de Jesus é Ele mesmo, o mistério da sua pessoa e da sua morte e ressurreição e o seu regresso no fim dos tempos”, explica Francisco.

“O Senhor Jesus não é apenas o ponto de chegada da peregrinação terrena, mas é uma presença constante na nossa vida, por isso quando fala do futuro e se projecta em relação a isso, é sempre para reconduzir ao presente. Ele coloca-se contra os falsos profetas, contra os videntes que prevêem a proximidade do fim do mundo e contra o fatalismo. Quer subtrair os seus discípulos de cada época da curiosidade sobre as datas, as previsões, os horóscopos e concentrar as atenções no hoje da história.”

Chegado a este ponto da sua catequese, o Papa Francisco interrompeu a sua leitura e colocou uma pergunta directamente aos milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro a escutá-lo.

“Quero perguntar-vos, mas não respondam. Quantos de vós lêem o horóscopo do dia?”

Depois prosseguiu: “Quando tiverem vontade de ler o horóscopo, olhem antes para Jesus que está ao vosso lado. É melhor, faz-vos melhor.”

A Igreja condena a astrologia e qualquer outra forma de tentar prever ou controlar o futuro através de sinais ou divinizações.