António Costa insiste que, caso perca as eleições, sairá de cena.

Foi esta a resposta do líder socialista a Rui Rio, que desafiou Costa a dizer o que fará, caso vença as eleições com maioria relativa.

“Se o doutor Rui Rio ganhar as eleições, ao fim de 6 anos como primeiro-ministro, só posso ter uma leitura desses resultados os portugueses rejeitaram a minha ação como primeiro-ministro não me querem ver mais cumpriu ministro eu respeito os portugueses e portanto arrumarei os meus papéis, arrumarei o gabinete e entregarei a chave ao doutor ao doutor Rui Rio”, disse o secretário-geral do PS.

Diferente será o cenário em caso de vitória com maioria relativa.

Aí, António Costa assegura que fará o que tem de ser feito, que é “conversar com os partidos na Assembleia da República, no modelo clássico seguido, por exemplo, no primeiro governo do engenheiro Guterres onde, diploma a diploma, íamos negociando”.

“Não sei qual é a representação parlamentar que o PS vai ter nestas eleições, mas nunca voltarei as costas aos portugueses desde que não perca as eleições”, rematou Costa, que não esquece que houve "um partido, o PAN, que não contribuiu para esta crise” e pode ser chamado a fazer parte da solução.

“Desde que não perca as eleições cá estou para encontrar uma boa solução de Governo”, assegurou.

BE no Governo? "Um perigo para o país"

Do outro lado do debate, Rui Rio acusou Costa e o PS de serem responsáveis pela crise política que precipitou estas legislativas.

E, mesmo num cenário em que vença sem maioria, o líder social-democrata admite que o atual líder do Governo poderá não ser o próximo primeiro-ministro.

Aí, diz Rui Rio, reside outro perigo; o de termos “outro primeiro-ministro que não o doutor António Costa - tudo leva a crer que seja Pedro Nuno Santos - e aí ainda temos uma situação pior, porque aí não temos uma geringonça temos o Bloco de Esquerda mesmo dentro do Governo e com ministros do Bloco, e isso é um perigo para o país”, disse.

[notícia atualizada às 22h26]