O primeiro-ministro, António Costa, está a utilizar a “bazuca europeia” como uma “metralhadora” em tempo de campanha para as eleições autárquicas, disse esta segunda-feira o líder do PSD, Rui Rio.

As críticas a António Costa, por causa das promessas de milhões do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), têm sido a nota principal da campanha do presidente dos sociais-democratas.

Ao almoço, na Maia, Rui Rio não desarmou, mas trocou a bazuca por outro equipamento de guerra.

“O Dr. António Costa chama bazuca ao PRR e anda por aí, de concelho em concelho, a disparar a bazuca para todo o lado. O que é uma bazuca? Uma bazuca dispara tiro a tiro e o dr. António Costa dispara de rajada, não é uma bazuca, é uma metralhadora”, ironizou.

Rui Rio afina a mira para explicar à sala cheia de militantes que podem não estar tão familiarizados com os termos militares.


“Não é uma G3, é uma HK21. Eu aprendi na tropa e disparei com a HK21, é que a HK21 tem uma fita, e aquilo carrega-se, tem dois pés à frente, e aquilo dispara que nunca mais para, tatatatatatata”, disse o líder do PSD, simulando o som dos tiros.

António Costa passou no domingo pela na Maia, mas falhou o tiro, segundo Rui Rio, e esqueceu-se de prometer o Metro na cidade.

“Se o Dr. António Costa vai de concelho em concelho, sai do carro dá duas rajadas a prometer isto e aquilo, mete-se no carro e pára no concelho seguinte, mais uma rajada. Como é que é possível, quando há pontes, hospitais e escolas e, chega aqui à Maia, e não diz uma coisa da maior justiça: que vai tratar do Metro da Maia.”

Há 20 anos que está por fazer essa ligação de Metro, entre a Trofa e a Maia.

De rajada, Rui Rio diz que António Costa vai disparando sem critério promessas até 26 de setembro. Insiste por isso que os portugueses mostrem ao PS que não é assim que se faz campanha.

Antes, após uma reunião com a Associação Empresarial do Baixo Ave, na Trofa, o líder do PSD reiterou que o PRR é insuficiente no apoio às empresas, mas considerou que, “se fosse verdade” o que diz o primeiro-ministro, “não servia para nada”.

“Temos o primeiro-ministro todos os dias a oferecer mais uma estrada, mais um hospital, mais uma ponte. Se fosse verdade o que o primeiro-ministro diz, o PRR seria a pior coisa do mundo, não servia para nada, era para gastar o dinheiro todo de qualquer maneira”, afirmou Rui Rio.