A criação de um cartão prioritário de acesso às casas de banho em espaços ou serviços públicos deverá ter luz verde esta sexta-feira no Parlamento. Esta quinta-feira à tarde, a discussão em reunião plenária de uma petição subscrita por mais de 10 mil pessoas demonstrou que há abertura por parte de várias bancadas.

A medida deverá destinar-se a pessoas com doenças inflamatórias do intestino. Estima-se que mais de 20 mil portugueses sofram desse problema.

O Bloco de Esquerda, o PCP, o PSD e o CDS juntaram a esta petição projetos de resolução que serão votados, em princípio na sexta-feira, em plenário.

O deputado do BE Moisés Ferreira defendeu a criação do cartão pelo “enorme impacto do ponto de vista social, económico e psicológico” que estas doenças têm na vida das pessoas afetadas.

Ana Bessa, do CDS, sublinhou a relevância destes cartões prioritários “em momentos de crise e situação aguda”.

“Há muitos doentes que, nestas situações, não podem ir trabalhar, não podem sequer sair de casa, com receio da exposição traumatizante que podem sofrer caso tenham uma crise”, defendeu a deputada na sua intervenção.

A petição subscrita por mais de 10 mil pessoas prevê a isenção das taxas moderadoras, a comparticipação total dos medicamentos extra, como suplementos vitamínicos, e a criação de um estatuto do doente crónico.

O Partido Socialista, pela voz de Joana Lima, considera que o assunto deve ser abordado de uma “forma global e abrangente”.

“Quanto ao cartão de acesso prioritário, em instalações sanitárias públicas ou acessíveis ao público, merece a nossa concordância total. Entendemos, por exemplo, que devem ser envolvidas várias entidades do setor e também as associações de doentes para a resolução desta questão”, acrescentou a deputada da bancada socialista.

Tópicos