O eurodeputado do PSD Paulo Rangel é contra a legalização da eutanásia.

Em declarações à Renascença, Rangel diz ter “uma convicção muito negativa sobre a legalização da eutanásia. O político dá duas razões:

“Em primeiro lugar, a ideia da dignidade da morte. Acho que uma pessoa estar doente, ser incapaz, ter uma deficiência em nada retira a sua dignidade. Por outro lado, a própria ideia de direito à morte. Penso que isso não existe, não é aceite nem pela ordem moral nem pela ordem jurídica. O pedido da morte é uma coisa que me choca muito e representa uma alteração civilizacional muito negativa”, refere.

Paulo Rangel não critica a liberdade de voto dada pelo partido na votação sobre a eutanásia, mas critica o facto de a direção não exigir mais debate público sobre o tema.

“O PSD sempre teve a tradição de dar liberdade de voto. Sou a favor que haja liberdade de voto. Outra coisa diferente é perguntar se em Portugal houve debate suficiente para estarmos já a votar estas propostas. Isso acho que não houve”, acrescenta.

A três dias da votação dos quatro projetos no Parlamento, Pedro Passos Coelho também disse que está contra a legalização da eutanásia. Já Cavaco Silva tinha feito uma declaração à Renascença no mesmo sentido. Também Ramalho Eanes é contra, enquando Jorge Sampaio é a favor.

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