Presidente da Associação de Médicos Católicos Portugueses antecipa “um verão difícil" nos hospitais e diz que o aborto não pode ser inscrito na Carta dos Direitos Fundamentais da UE porque "não é um direito humano". Sobre a eutanásia, Margarida Neto lembra que pode haver problemas de constitucionalidade na regulamentação e que, agora, "temos uma maioria diferente" no Parlamento.
Presidente da Associação de Médicos Católicos Portugueses antecipa “um verão difícil" nos hospitais e diz que o aborto não pode ser inscrito na Carta dos Direitos Fundamentais da UE porque "não é um direito humano". Sobre a eutanásia, Margarida Neto lembra que pode haver problemas de constitucionalidade na regulamentação e que, agora, "temos uma maioria diferente" no Parlamento.
Este caso voltou a reacender o debate sobre a eutanásia, uma vez que a morte assistida para pessoas com doenças psiquiátricas nos Países Baixos continua a ser pouco comum.
Em entrevista à Renascença, Maria Lúcia Amaral lembra que a lei diz que quando uma pessoa pede auxílio para morrer serão dadas, caso ela queira, acesso aos cuidados paliativos. "Mas como são eles? Como são?”, questiona, admitindo que a pergunta não terá resposta fácil por parte do Tribunal Constitucional.
Iniciativa da Federação Portuguesa pela Vida está marcada para a tarde deste sábado em Lisboa, Porto, Coimbra, Braga, Aveiro, Lamego, Viseu, Guarda, Beja, Évora, Faro e Funchal. “Queremos a revogação da lei da eutanásia, mais apoios para as grávidas em dificuldade e para os doentes, e legislação que defenda a vida humana”, diz à Renascença José Maria Seabra Duque, da organização.
Conferência Episcopal Francesa considera que “é um imperativo da humanidade e da fraternidade aliviar o sofrimento e oferecer a todos o melhor fim de vida possível, em vez de interrompê-lo com um gesto letal”.
No espaço semanal de comentário na Renascença, o presidente da Associação Comercial do Porto diz que o requerimento da Provedora de Justiça ao Tribunal Constitucional sobre a lei da Eutanásia tem "argumentos jurídicos muito fundamentados". "Estou certo isto vai reanimar o debate", até porque há "uma nova configuração parlamentar muito mais à direita", diz.
O constitucionalista entende que a lei viola a garantia da vida humana e existindo uma nova maioria pode modificar o que foi decidido pela anterior. “É uma lei “sem emenda, uma lei iníqua”, diz.