A ligação ferroviária entre Coimbra-B e Coimbra-A, que estava previsto encerrar no verão, no âmbito do projeto de metrobus, irá só fechar no final do ano, afirmou esta segunda-feira a vereadora da Câmara Municipal com a pasta dos transportes.

O fim do serviço ferroviário entre as duas estações, que estava previsto para "julho deste ano", passa agora "para o final do ano de 2024, sem qualquer interferência na previsão de entrada ao serviço do sistema", afirmou Ana Bastos, durante a reunião do executivo desta segunda-feira.

Nesse sentido, o adiar do fim desta ligação ferroviária, previsto no âmbito do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), não terá qualquer implicação nos prazos já definidos para a entrada ao serviço do "metrobus", que irá servir os concelhos de Miranda do Corvo, Lousã e Coimbra.

"Mantém-se a previsão de abrir ao serviço o trecho entre Serpins [Lousã] e o Largo da Portagem [Coimbra] no final de 2024 e o serviço na sua globalidade no final de 2025", disse a vereadora, referindo que essas informações foram prestadas na quarta-feira, no âmbito de uma visita do bastonário da Ordem dos Engenheiros ao SMM.

Segundo Ana Bastos, pretende-se com o atrasar desta frente de obra (em que será substituída a ligação ferroviária pelo "metrobus") "minimizar a perturbação na população associada à interrupção dos serviços e ao uso de transportes alternativos rodoviários, estando os trabalhos a serem programados de forma a limitar ao mínimo absoluto os seus prazos de execução".

A vereadora vincou que a reprogramação foi feita para "evitar que haja paragens inesperadas", estando todas as entidades envolvidas focadas em "prever e precaver qualquer imprevisto" para cumprir os prazos de execução definidos de um projeto cuja data de arranque tem sido recorrentemente adiada. .

Em dezembro, a Metro Mondego (MM) adjudicou o serviço rodoviário alternativo na ligação entre Coimbra-B e Coimbra-A (Estação Velha e Estação Nova, respetivamente).

Em janeiro, a MM continuava a apontar para o verão a desativação da ligação ferroviária, contestada por um movimento em defesa da manutenção daquele serviço.

O serviço alternativo prevê a possibilidade de "ser assegurado até ao final de 2025", altura em que se prevê que os troços urbanos do SMM (nomeadamente a ligação até Coimbra-B) estejam a funcionar.