Cerca de 24 horas depois continua ativo o fogo que deflagrou em Oliveira de Frades, em Viseu. No combate às chamas, que já chegaram ao concelho vizinho de Sever do Vouga, estão 15 meios aéreos.

“Neste momento a preocupação já passou para outro concelho. Temos ainda focos, mas já não com a intensidade de ontem e a madrugada de hoje”, revelou à Renascença Paulo Ferreira, presidente da Câmara de Oliveira de Frades.

No terreno estão 766 operacionais, apoiados por 234 veículos terrestres.

Também o comandante distrital de Operações de Socorro de Viseu confirmou que em Oliveira de Frades “a situação ainda está com bastante atividade, pese embora a parte mais ativa do incêndio esteja do outro lado”.

Segundo o mesmo responsável, “o vento tem sido o pior inimigo na estratégia de combate, obrigando a permanentes redefinições”.

A prioridade dos bombeiros está a ser a defesa de algumas aldeias dos concelhos de Sever do Vouga e de Águeda.

Miguel David explicou que “o terreno é bastante complexo, com uma orografia bastante acentuada, com muito afloramento rochoso”, que muitas vezes impede as operações de combate. Tal obriga “a permanente reposicionamento e redefinição da estratégia”, afirmou, acrescentando que as cinco máquinas de rasto que estão no terreno têm sido um aliado importante.

Um bombeiro de 41 anos morreu na segunda-feira enquanto combatia este incêndio no concelho de Oliveira de Frades, onde o comandante nacional da Proteção Civil, Duarte da Costa, apelou à "tolerância zero no uso do fogo".

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