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Portugal tem de estar preparado para um eventual agravamento da pandemia de covid-19, no outono e inverno, e não pode voltar a fechar empresas e escolas, afirma o primeiro-ministro, António Costa.

"O vírus é muito novo e ninguém saber verdadeiramente como se comporta. Há uma coisa que todos nós sabemos: os seres humanos adoecem mais no outono e no inverno do que na primavera e no verão. Portanto, temos que nos preparar para o outono e para o inverno, com a consciência de que não vamos poder ter no próximo ano a capacidade de resposta que tivemos em março, quando decidimos encerrar as escolas, porque o ano letivo que vamos reabrir não pode decorrer com as escolas de novo totalmente encerradas", disse António Costa.

Durante uma visita ao Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia - Espinho, o chefe do Governo referiu que "não vamos poder voltar a encerrar totalmente empresas e atividades empresariais, porque isso significa milhares de postos de trabalho em risco e uma destruição coletiva da riqueza do país e do funcionamento da nossa sociedade".

Números do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), revelados esta quinta-feira, mostram que o desemprego voltou a subir em julho. Portugal tinha registadas 407.302 pessoas nos centros de emprego.

Em relação ao mês anterior a variação é de 0,2% (mais 637 indivíduos). Mas face ao mesmo período do ano passado subiu 37% (mais 110. 012).

O primeiro-ministro anunciou que o Governo aprovou esta quinta-feira a aquisição de 6,9 milhões de doses de uma potencial vacina contra a Covid-19, num investimento de 20 milhões de euros.

O primeiro-ministro afirma que "os otimistas acreditam que no final deste ano haverá os primeiros lotes" de uma potencial vacina, mas isso pode não acontecer. "Até haver uma imunização geral da população ou um tratamento para esta doença, temos que estar preparados para o pior” , sublinha.

António Costa garante que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está preparado, mas tem de continuar a ser reforçado.

MAPA DA COVID-19