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A ministra da Saúde admite que “o número de novos casos na região de Lisboa e Vale do Tejo [LVT] se mantenha elevado nos próximos dias. Devemos estar preparados para este efeito”.

Marta Temido aponta “três causas prováveis: Atraso na curva epidémica na região; Estratégia intensiva de rastreio na região; Especificidades associadas aos novos casos, jovens na idade ativa e assintomáticos.

A governante refere que, “nos últimos 15 dias”, a região de Lisboa e Vale do Tejo teve “cerca de 70% dos novos casos”.

Segundo Marta Temido, “os concelhos mais preocupantes são Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Sintra”.

“Temos promovido o rastreio intensivo. Em pouco mais de 5 dias realizámos cerca de 14 mil colheitas, com colaboração da ACT, INEM e agrupamentos de centros de saúde dos concelhos. À data, foram processadas amostras e comunicados os resultados de 4.649 colheitas. Neste total de amostras já processadas, a percentagem de resultados positivos baixou ligeiramente e é agora de 3,9%”, acrescenta.

A ministra relembra a estratégia que tem sido seguida: “Desde sábado passado que 7 equipas do INEM têm estado na rua a realizar cada uma delas 300 colheitas. Cada um dos centros de atendimento à Covid na comunidade mobilizaram as suas equipas de saúde primários para realizarem rastreios locais aos utentes. Por outro lado, a ARS mobilizou os seus centros de testes para rastreio ativo”, explica Marta Temido, quando questionada sobre a situação em Lisboa e Vale do Tejo.

“Esta estratégia de testes teria de ter como resultado um conjunto de casos que eram casos assintomáticos, mas que existiam. A situação, tudo indica, está controlada. Temos de seguir estes casos com grande atenção”, acrescentou, destacando que “só um tratamento ou uma vacina resolverão a situação”.

Apesar disso, Temido acredita que o aumento de novos casos tem a ver com aumento dos testes e não com desconfinamento.