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A partir de 1 de junho poderá ser obrigatório o uso de máscara comunitária nas praias, que passam a ter uma lotação máxima. A hipótese é avançada à Renascença pela coordenadora do Programa Bandeira Azul admite.

Segundo Catarina Gonçalves, o uso de máscara ainda não está fechado, mas se “a tendência é para usarmos em todos os lugares públicos, inclusive nos passeios, penso que é lógico na praia porque estamos num grande passeio, temos de passar pelos mesmos locais”.

A regras para a época balnear em tempo de pandemia começaram a ser definidas na quarta-feira, durante a primeira reunião que juntou todas as autoridades envolvidas: associação Bandeira Azul, a Marinha, a Agência Portuguesa do Ambiente, o Instituto de Socorro a Náufragos e a Direção-Geral da Saúde.

As regras definitivas vão constar de um guia que estará fechado até ao dia 6 de maio.

Este manual “vai dizer-nos que há um limite de utentes que aquela praia permite e as distâncias entre eles. Também as regras de higiene dos espaços públicos, se são precisas mais equipas de limpeza, se é preciso reforçar a higienização de todos os equipamentos de praia, cadeiras, espreguiçadeiras ou chuveiros. Inclusive vão ser definidas regras para instalação dos toldos, com distâncias mínimas e ver se há possibilidade de frequentar esplanadas e bares”, explica.

A implementação deste manual de boas práticas terá depois de ser garantida pelas autarquias. Se não houver condições para aplicar as normas de segurança e saúde públicas, algumas praias podem ter se interditadas. “Há muitos aspetos que ainda têm de ser definidos e apresentados às entidades que as vão implementar, avaliando se efetivamente há capacidade de implementação e fiscalização, para depois ver se é possível abrir com as limitações que forem definidas.”

Quem não cumprir estará sujeito a multas. Segundo Catarina Gonçalves, os editais que vão ser afixados nas praias estão já a ser atualizados, em função das novas regras e, em caso de incumprimento, com as respetivas penalizações.

“Haverá multas? Sim. De que ordem de valor? Isso ainda não está definido”, explica.

Portugal regista 820 mortos associados à Covid-19, mais 35 do que na quarta-feira, e 22.353 infetados (mais 371), indica o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

O decreto presidencial que prolonga até 2 de maio o estado de emergência iniciado em 19 de março prevê a possibilidade de uma "abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais".
A nível mundial, a pandemia já ultrapassou os 2,6 milhões de infetados e matou mais de 183 mil pessoas em todo o mundo desde que surgiu em dezembro na China, segundo um balanço da AFP às 11h00.

De acordo com os dados da agência de notícias francesa, a partir de dados oficiais, foram registados 183.707 mortos e mais de 2.636.740 infetados em 193 países.