O presidente do Sindicato dos investigadores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Acácio Pereira, considera que a vigilância da costa portuguesa está a falhar.

Em declarações à Renascença, o sindicalista diz que a chegada de uma segunda embarcação com cidadãos marroquinos é a prova de que o controlo não está a ser eficaz.

A GNR tem a responsabilidade de controlar as fronteiras marítimas e dispõe de um sistema próprio de vigilância. No entanto, as embarcações em que estes marroquinos seguiam não foram detetadas, o que preocupa os investigadores do SEF.

“Vemos esta situação com alguma preocupação, porque em ambos os casos os cidadãos foram detetados já em solo ou quase em solo nacional, sem que os mesmos tenham sido detetados. Isto demonstra que a vigilância nas fronteiras, neste caso específico, falhou completamente”, diz Acácio Pereira.

Nesta entrevista, Acácio Pereira sublinha que, assim como entram cidadãos que, aparentemente, procuram melhores condições económicas, podem entrar também pessoas dedicadas a práticas ilícitas.

“Estamos a falar de migrantes, mas podemos estar a falar de terroristas, de narcotráfico e de uma série de situações. Este é um problema real e deve ser visto com a necessária atenção por parte do Governo”, argumenta.