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O presidente do conselho de administração do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto saiu este sábado em liberdade depois de ser ouvido no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto. Laranja Pontes é arguido na "Operação Teia".

As medidas de coação só vão ser conhecidas na segunda-feira, mas é certo que Laranja Pontes não ficará a aguardar o processo em prisão preventiva.

"Isto foi uma prenda de reforma. Infelizmente, aconteceu-me este evento, estou extremamente desgostoso, principalmente, pelo enxovalhar da honra da minha filha, da minha família e de mim, e da imagem que eu fiz do IPO. Eu fui restituído à liberdade imediata e as medidas de coação serão conhecidas na próxima segunda-feira", disse aos jornalistas Laranja Pontes, visivelmente emocionado.

O presidente do IPO regressa segunda-feira ao tribunal do Porto para conhecer as medidas de coação a que ficará sujeito.

Laranja Pontes afirma que "o processo são avatares que a gente depois tem de regressar à realidade".

"Neste momento não quero perder mais tempo com vocês, quero regressar a casa", concluiu o presidente do IPO do Porto, que esteve detido durante três dias para ser ouvido por um juiz.

De acordo com a TVI 24, Laranja Pontes fica suspenso de funções, está proibido de manter contatos com os outros arguidos e funcionários do IPO e tem de pagar uma caução de 20 mil euros.

MP pede medidas privativas da liberdade para os outros arguidos

O Ministério Público (MP) pede prisão preventiva para Joaquim Couto, autarca de Santo Tirso, e para a mulher, a empresária Manuela Couto

Para Miguel Costa Gomes, autarca de Barcelos, o MP pede a medida de coação de prisão domiciliária com pulseira eletrónica.

No âmbito da operação "Teia", foram detidos na quarta-feira o presidente da Câmara de Barcelos, Miguel Costa Gomes, o presidente da Câmara de Santo Tirso, Joaquim Couto, e a sua mulher, a empresária Manuela Couto, e o presidente do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, José Maria Laranjo.

A investigação centra-se nas autarquias de Santo Tirso e Barcelos bem como no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto e investiga suspeitas de corrupção, tráfico de influência e participação económica em negócio, traduzidas na "viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste direto", segundo comunicado da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária, o órgão de polícia criminal que apoia o Ministério Público neste caso.

Na origem do caso estiveram 13 contratos, no valor de 352 mil euros, que o IPO do Porto celebrou no espaço de um ano com a Mediana, antiga empresa de Manuela Couto.

[notícia atualizada às 21h13]