A Associação dos Industriais do Ensino da Condução (AIEC) admite um aumento "ligeiro" do custo da licença de condução, caso se concretize a obrigatoriedade de formação na utilização de desfibrilhador para os novos condutores.

A recomendação parte de um grupo de trabalho criado pelo Ministério da Saúde, que sugere, também, a aplicação da medida a vários grupos profissionais, como forças de segurança ou tripulações de aviões.

O presidente da AIEC, Fernando Santos, diz à Renascença que o setor "foi surpreendido por essa notícia", mas garante que "se isso vier a acontecer, as escolas prepararão os instrutores para formarem os futuros condutores" nessa competência. "Não temos qualquer problema com isso", reforça.

Fernando Santos admite, contudo, que possa haver "um aumento ligeiro" do custo da carta de condução. "Não sei qual o custo do aparelho e da respetiva formação, mas julgo que não será muito significativo", aponta.

"Tudo o que seja para melhorar, tudo bem, mas pensamos que há outras medidas mais importantes do que esta", defende o presidente da AIEC, dando como exemplo "a atualização dos conhecimentos teóricos, já que o código muda com frequência e há condutores que já não estão devidamente habilitados" nesse campo.