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São viaturas, comunicações e máquinas de rasto, entre outros meios que visam reforçar as capacidades das Forças Armadas para apoiar a Proteção Civil. Mas só daqui a um mês poderão estar todos disponíveis.

“Temos um conjunto de meios materiais, de viaturas, máquinas de rastro, etc, que estão em processo de aquisição e algum equipamento individual, parte do qual já foi recebido, outro está a ser recebido”, indica à Renascença o Almirante Silva Ribeiro.

“Eu diria que nos próximos 15 a 30 dias teremos os meios completamente prontos para apoiar aquilo de que a Proteção Civil necessitar em termos das capacidades supletivas relativamente às do ano passado”, acrescenta o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas.

No início do ano, o Governo deu orientações para que as Forças Armadas adquirissem material para as missões de vigilância e rescaldo aos incêndios florestais. Contudo, a uma semana da entrada em vigor o nível III de prontidão da Proteção Civil, faltam equipamentos de reforço.

O investimento de 10 milhões de euros. Mas o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas sublinha que o que está em causa é o reforço de meios, porque neste momento as Forças Armadas já têm prontos a intervir 2.200 militares.

“No ano passado, só tínhamos 26 equipas para apoiar a Proteção Civil, este ano temos 44 equipas, num total de cerca de 2.220 homens e mulheres – que é a nossa capacidade básica”, indica.

“Ainda temos capacidade para crescer mais do que esses 2.200. Estes são a capacidade que temos disponível para empenhar imediatamente numa operação que seja necessária. Daí para cima temos de analisar caso a caso, em função da emergência civil que for e depois atribuir os meios humanos necessários”, realça.

O Almirante Silva Ribeiro admite que gostaria que o reforço de meios já estivesse concluído, mas garante que, em caso de necessidade, já haveria capacidade de resposta.

“Apesar de o nosso sistema não estar ainda na sua situação final, se houvesse um fogo amanhã, esse sistema já poderia ser utilizado, como foi no teste do passado sábado com grande sucesso. Há coisas ainda a melhorar e vamos melhorá-las, mas o sistema já tem condições para apoiar as operações da Proteção Civil”, destaca nas declarações à Renascença.

A polémica da escassez de meios foi lançada no início do mês, depois de o jornal “Público” ter divulgado um e-mail interno, no qual o comandante do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro da GNR (GIPS) informava os militares de que não havia fatos, luvas, telemóveis, rádios ou carros.

O Governo reagiu, garantindo que “tudo está a ser feito para garantir [a disponibilidade do equipamento]” e que as “viaturas atualmente existentes permitem o início da missão”.

E, no dia em que os GIPS assinalaram o fim da formação, o primeiro-ministro admitiu atrasos na contratação de meios e garantiu estar a fazer o possível para que estejam disponíveis “a curto prazo”.

Na semana passada, entrou em vigor o nível de reforço II de combate a incêndios, como é agora designada esta fase de risco.

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