A presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, diz que o concelho está a ser vítima de uma situação grave perante o investimento que tem feito, reagindo ao aparecimento de uma mancha de espuma branca no rio Tejo. A mancha tem cerca de meio metro e cobriu o leito do rio, na zona de Abrantes, junto à queda de água do açude insuflável.

“Todos nós temos vindo a fazer um investimento muito grande, não só na melhoria daquilo que são as águas drenadas directa e indirectamente para o rio Tejo, como na recuperação das margens do rio para a sua valorização turística, económica e social”, começa por dizer à Renascença.

“Sentimo-nos, portanto, completamente defraudados com aquilo que está a acontecer”, acusa.

“O que verificámos é que, a montante de Vila Velha de Ródão, a água está limpa e a partir de Vila Velha de Ródão a água está poluída”, afirma a autarca.

“Quando se chega ao concelho de Mação, de médio Tejo, e tem o primeiro obstáculo que é a barragem de Belver, imediatamente começa a fazer espuma e, ao longo do trajecto, até Abrantes e até ao açude insuflável, existem várias cascatas naturais que fazem com que o movimento natural da água provoque esta massa incrível de espuma que se vê”, explica ainda.

A Agência Portuguesa do Ambiente já esteve no local a recolher amostras. O dirigente do Movimento pelo Tejo – proTEJO, Arlindo Marques, fala em cenário “dantesco” e “manto de espuma da morte”.

“Parece o cenário de um filme, tanta espuma que mal deixa ver a água”, descreve em declarações à agência Lusa, lamentando a continuação de “gravíssimos problemas ambientais, sociais e económicos”.

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