A CGTP convocou, esta terça-feira, os trabalhadores dos sectores público e privado, jovens, reformados e desempregados para “uma grande manifestação nacional" em Lisboa a 18 de Novembro.

Arménio Carlos, líder da intersindical nacional, anunciou a manifestação no encontro nacional da CGTP-In, a decorrer esta terça-feira em Lisboa, explicando que esta é uma luta pela “valorização do trabalho e dos trabalhadores, pela exigência do aprofundamento do rumo de reposição e conquista de direitos e pelo combate às injustiças e desigualdades”, entre outras reivindicações.

No encontro nacional, que reuniu em Lisboa 750 delegados e activistas sindicais, Arménio Carlos enumerou algumas das mais recentes lutas dos trabalhadores, como a greve dos enfermeiros ou a luta interna na Autoeuropa, e lembrou que é devido a essas lutas que a intersindical quer “realizar um momento de convergência nacional” com uma grande manifestação nacional a 18 do próximo mês.

O líder da intersindical anunciou ainda uma campanha de luta contra a precariedade, através do lançamento de uma petição nacional que, na sua opinião, vai “ser um marco no combate à precariedade”.

“É um problema de todos a precaridade”, afirmou o sindicalista, justificando esta afirmação com o facto de Portugal precisar de estabilidade e segurança, ao nível demográfico, para se poder desenvolver.

Na petição, aprovada na segunda-feira, no conselho nacional da CGTP, aponta-se para “mais de” um milhão de trabalhadores com vínculo precário" em Portugal e atribui-se a esta precariedade “a insegurança no emprego e a incerteza na vida dos trabalhadores e das suas famílias e um problema para a demografia do país”.

No documento, os signatários da petição “exigem”, nomeadamente, a passagem a efectivos dos desempregados com contratos de emprego-inserção e que estão a ocupar postos de trabalho permanentes e o reforço dos meios e competência da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), entre outras reivindicações.

Noutro documento aprovado na segunda-feira no conselho nacional da CGTP, a intersindical enumera as suas reivindicações e “exige que o Orçamento do Estado para o próximo ano “dê prioridade a medidas que assegurem uma reforma da política fiscal que alivie os rendimentos do trabalho e taxe mais os do capital”.

A resolução, através da qual a CGTP também convoca os trabalhadores para uma manifestação nacional em Novembro, vai ser entregue ao Ministério do Trabalho, no final do encontro.