Os sindicatos da Administração Pública filiados na UGT ameaçam avançar com uma greve geral se o governo continuar sem negociar matérias importantes para os trabalhadores do Estado.

Numa moção que vai ser apresentada mais logo ao Congresso da UGT pelo Secretário-Geral da FESAP e a que a Renascença teve acesso lembram-se as promessas que constam do programa do Governo, argumentando por isso que não há quaisquer motivos que justifiquem a manutenção da legislação imposta à Administração Pública durante o programa da troika.

A Federação de Sindicatos da Administração Pública exige o estabelecimento imediato de um calendário para a discussão de oito matérias que considera prioritárias: o descongelamento de carreiras, a precariedade, a revisão do sistema de avaliação (SIADAP), o acordo colectivo de carreiras gerais, a tabela remuneratória única e suplementos, a política de admissões, a ADSE e a despenalização das longas carreiras contributivas para efeitos de aposentação assim como os regimes especiais em actividades de desgaste rápido.

A FESAP considera que o Estado, enquanto maior empregador do país, deve dar o exemplo. Por isso, a organização sindical espera uma resposta rápida do governo. Senão, convoca uma greve geral.

Uma moção de urgência que, segundo apurámos, já tem algumas centenas de assinaturas, entre elas está a do secretário-geral, Carlos Silva. Numa entrevista publicada este sábado, no Diário de Notícias, Carlos Silva admite, no entanto, que se rendeu à actuação do governo de esquerda liderado pelo Partido Socialista.