Desde sexta-feira, foram distribuídos mais de 10 mil manifestos no âmbito da semana de luta contra a "ilegalidade" da actividade da Uber em Portugal. A acção é promovida pelas associações representativas dos táxis – Federação Portuguesa do Táxi (FPT) e Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (Antral).

"Estamos a distribuir um manifesto pela população e pelos colegas para que, à medida que vão apanhando clientes, possam também passar a mensagem", afirma Eduardo Cacais, da FPT, à agência Lusa.

No manifesto, Antral e FPT defendem que a Uber é ilegal, porque "não respeita, não obedece, nem se submete às regras legais que em Portugal disciplinam a actividade do transporte em táxi". Referem ainda que a plataforma cobra o que entende e aumenta os preços em épocas de maior procura.

Além do manifesto, estão a ser colados nos vidros dos táxis autocolantes com palavras de ordem, como "A Uber é ilegal" ou "Stop à Uber".

O manifesto e os autocolantes estão a ser distribuídos pelas ruas de três cidades (Lisboa, Porto e Faro) e têm como objectivo "alertar motoristas e população em geral" para o "problema" da actividade da plataforma multinacional Uber.

O presidente da Antral, Florêncio Almeida, adianta à Lusa que tem cinco carros na rua só para alertar a população para a questão da Uber.

A semana de luta termina na sexta-feira, com uma grande acção sobre a qual nem FPT nem Antral quiseram ainda adiantar qualquer informação.