Um novo estudo, recorrendo a algoritmos informáticos, descobriu quem terá sido o responsável pela denúncia de Anne Frank e a sua família que, durante dois anos, viveram escondidos da perseguição nazi, em Amsterdão.

O novo suspeito é Arnold van den Bergh, um judeu que pertencia ao Conselho Judaico de Amesterdão, um órgão forçado a implementar a política nazi nas áreas judaicas.

Este conselho foi dissolvido em 1943 e os membros foram enviados para campos de concentração, mas a documentação encontrada revela que Van den Bergh não foi e continuou a viver em Amesterdão.

“Quando Van den Bergh perdeu todas as proteções que o salvavam de ir para o campo de concentração, ele teve de dar algo valioso para os nazis”, explicou Vince Pankoke, elemento da equipa que fez este novo estudo e antigo agente do FBI entrevistado pela CBS News e citado pela BBC.

Pankoke sublinha, nesta entrevista, que Van den Bergh terá ficado numa “posição insustentável” e terá feito a denúncia como forma de salvar a sua vida e a da sua família.

O mesmo estudo revela ainda que o pai de Anne Frank, Otto Frank, terá recebido um bilhete anónimo a dar conta da identidade de quem revelou o esconderijo da família Frank. O documento foi encontrado nos ficheiros de uma anterior investigação sobre o mesmo assunto.

Segundo o jornal holandês “de Volkskrant”, Arnold van den Bergh morreu em 1950.

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