O Presidente dos EUA foi nomeado para o prémio Nobel da Paz 2021, semanas depois do acordo entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, mediado pela administração liderada por Donald Trump.

A nomeação foi apresentada por um membro do Parlamento norueguês, Christian Tybring-Gjedde, que elogiou os seus esforços para resolver diversos conflitos mundiais. "Acho que ele fez mais para criar paz entre as nações do que a maioria dos restantes nomeados", garantiu Tybring-Gjedde, à Fox News Radio.

No programa de rádio, o norueguês explica que a administração Trump foi fundamental para estabelecer o acordo entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, acreditando que "agora se espera que outros países do Médio Oriente sigam os passos dos EAU", pelo que este acordo "pode ser decisivo para tornar o Médio Oriente numa região de cooperação e prosperidade".

Trump é, também, elogiado por retirar tropas da zona e criar "novas dinâmicas" no conflito entre as Coreias, por exemplo.

Christian Tybring-Gjedde é conhecido no seu país por se opor à imigração e já tinha nomeado Trump em 2018. "Não sou apoiante de Trump, mas o comité deveria apenas julgá-lo pelos factos e não pela forma como ele se comporta", defende. "As pessoas que receberam o Nobel da Paz nos últimos anos fizeram bem menos que ele. Barack Obama, por exemplo, não fez nada", salienta, em entrevista à Fox News Radio.

Quatro presidentes norte-americanos já receberam o Nobel da Paz, atribuído pelo Comité Norueguês do Nobel, àqueles que mostram ter feito trabalho pela "fraternidade entre nações", pela "abolição ou redução de exércitos permanentes" e pela "realização e promoção de congressos de paz". O último foi Barack Obama, em 2009.

O vencedor de 2021 será anunciado depois de outubro do próximo ano. No entretanto, será conhecido no próximo mês o vencedor de 2020. Entre os mais de 300 nomeados surgem figuras como a ecologista sueca Gretha Thunberg e o movimento pró-democracia de Hong Kong.

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