Aumentou de novo o número oficial de vítimas mortais do ciclone que passou por Moçambique. De acordo com os últimos dados, 518 pessoas morreram na sequência da tempestade Idai que atingiu o país.

Há ainda 1.641 pessoas que ficaram feridas, segundo a RTP.

O ciclone provocou inundações extensas, e as águas estagnadas, corpos em decomposição, ausência de canalizações e esgotos e a falta de higiene são propícias ao aparecimento e à propagação da cólera, além de malária e surtos de diarreia.

O total de desalojados em centros de acolhimento mantém-se em 140.784, assim como o número de famílias beneficiárias de assistência humanitária: 29.098. O número de casas totalmente destruídas ascende a 56.095 (com outras 28.129 parcialmente danificadas), sendo que a maioria são habitações de construção precária.

O ciclone Idai atingiu a região centro de Moçambique, o Maláui e o Zimbabué em 14 de março.

Além de ter provocado pelo menos 816 mortos no total, a passagem do ciclone Idai afetou 2,9 milhões de pessoas nos três países, segundo dados das agências das Nações Unidas.

A região enfrenta agora o perigo de fome e epidemias, com 271 casos de cólera já registados na cidade da Beira.

A Organização das Nações Unidas (ONU) inicia na quarta-feira um programa de vacinação oral contra a cólera, de 900 mil unidades.