O Presidente de Moçambique anunciou esta quinta-feira o fim das operações de busca e salvamento de vítimas do ciclone Idai.

"Hoje podemos anunciar que concluímos uma etapa crítica que consistia nos salvamentos", disse Filipe Nyusi numa declaração ao país a partir da cidade da Beira, uma das zonas mais devastadas pelo temporal.

De acordo com o Presidente moçambicano, depois da operação dos últimos dias, deixou de haver indicação de locais com pessoas isoladas pela subida das águas na zona centro do país.

No entanto, Filipe Nyusi sublinha que as equipas no terreno vão continuar em prontidão para atuar em caso de necessidade de salvamento.

A maior preocupação para as autoridades moçambicanas, agora, é a operação de ajuda humanitária às milhares de pessoas que perderam quase tudo no ciclone.

"É importante que as instituições nacionais e internacionais orientem esforços para otimizar os recursos disponíveis de forma transparente para que cheguem aos que realmente necessitam", disse o Presidente nesta declaração ao país.

O mais recente balanço oficial dá conta de 468 mortos e 1.522 feridos em Moçambique, em resultado da passagem pelo país do ciclone Idai, a 14 de março. Mais de 135 mil pessoas vivem atualmente em centros de acolhimento, sobretudo na região da Beira.

A passagem do ciclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Malawi fez pelo menos 786 mortos e afetou 2,9 milhões de pessoas, segundo dados das agências das Nações Unidas.