O presidente dos EUA, Donald Trump, vai assinar o orçamento para evitar a paralisação do governo, ao mesmo tempo que vai declarar o estado de emergência nacional para tentar construir o muro na fronteira com o México, confirmou a Casa Branca.

"O presidente Trump assinará o orçamento e como ele disse antes, também tomará outras medidas - incluindo a emergência nacional - para garantir a segurança nacional e a crise humanitária na fronteira", afirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders.

"O Presidente está mais uma vez a cumprir a promessa de construir o muro, proteger a fronteira e garantir a seguranla do nosso grande país", acrescentou Huckabee Sanders.

Se Trump conseguir fazer prevalecer a sua vontade, os deputados e a Casa Branca evitariam a segunda paralização desde dezembro, poupando cerca de 800 mil trabalhadores federais a mais problemas financeiros. Contudo, a declaração de emergência poderá rapidamente desencadear processos judiciais desafiando a autoridade do presidente, criando mais uma luta à volta da construção do muro.

A declaração de emergência permitiria que Trump redirecionar fundos de outras rubricas do orçamento para o projeto que não tem aprovação do Congresso. O movimento pode em parte amenizar os críticos conservadores que argumentam que o presidente não deve aceitar o último plano do Congresso, que negou o financiamento que ele exigiu para a barreira fronteiriça.

Os democratas, através da líder no Congresso, Nancy Pelosi, afirmam que a situação que se vive na fronteira é "humanitária" mas não "emergência". "Se o presidente pode declarar estado de emergência numa situação que ele próprio criou", acrescenta.