O porta-voz do governo francês, Benjamin Griveaux, foi evacuado no sábado do escritório do ministério em que exerce funções, na rua de Grenelle, em Paris, depois de uma violenta invasão de "coletes amarelos" com uma máquina de construção.

“Não foi a mim que atacaram. Foi à república, às instituições, e à democracia. O que atacaram é a casa da França”, disse o porta-voz.

“É inaceitável e inadmissível. Espero que sejam identificados quem são os responsáveis e que sejam levados à justiça”, afirmou Griveaux à BFMTV.

Os atacantes conseguiram entrar no pátio do prédio depois de terem derrubado a grade usando uma máquina de construção, disse uma testemunha à BFMTV.

Outra testemunha no local afirmou que "por volta das 16h30, cerca de quinze pessoas, algumas vestidas de preto, outras com um colete amarelo, esmagaram a porta do ministério com uma máquina de construção. "

Num outro foco de tensão, o embaixadora sueca em Paris teve de chamar os vizinhos para o ajudarem a apagar um pequeno fogo no exterior da embaixada em Paris. "Onde está a polícia?", perguntou no Twitter. "Graças aos vizinhos conseguimos dominar as chamas", escreveu a embaixadora Veronika Wand-Danielsson

Num sábado que é o oitavo de protestos em França, e que estava a decorrer de forma pacífica, a manifestação de Paris acabou por degenerar em confrontos perto do rio Sena.

A tensão, as chamas e o cheiro a queimado aumentaram, pelas 16h15 locais (15h15 em Portugal), na margem sul do rio, onde se mantém o 'braço-de-ferro' entre manifestantes, com e sem "coletes amarelos", e a polícia local.

Os confrontos mais graves eclodiram em pontes sobre o rio Sena, na zona situada entre os museus de Orsay e do Louvre, perto da Assembleia Nacional e das praças dos Inválidos e da Concórdia.