Uma explosão numa escola politécnica na cidade de Kerch, na Crimeia, fez pelo menos 17 mortos e feriu mais de 70 pessoas. A grande maioria das vítimas mortais eram adolescentes, com idades entre os 14 e os 17 anos, avança a rádio local Kerch FM à Renascença.

Segundo Olga Grebennikova, diretora da instituição de ensino, um dos estudantes, de 18 anos, é o principal suspeito. Terá entrado no colégio com um arma, disparando indiscriminadamente. Esta informação foi confirmada pelo líder da República da Crimeia, Sergey Aksyonov, que avançou que o atirador terá cometido suicídio depois de fazer explodir uma bomba.

O suspeito é Vladislav Roslyakov e os investigadores russos ainda não sabem os motivos para o ataque. Inicialmente, as autoridades russas trataram o ataque como um ato de terrorismo. No entanto, os investigadores classificam agora o ataque como um ataque em massa.

Aksyonov chegou a falar em 18 mortos, mas o comité que está a investigar o ataque diz que afinal são 17 vítimas mortais. Um funcionário no hospital de Kerch disse que dezenas de pessoas estavam em operações de emergência.

O Presidente da Rússia já pediu aos serviços de segurança uma investigação ao sucedido. Em comunicado, Vladimir Putin expressou "profundas condolências aos que perderam a família na sequência desta explosão".

A agência russa RIA, citando uma fonte do Comité Nacional Anti-Terrorista russo, diz que a explosão no colégio que servia como instituto técnico foi causada por um dispositivo desconhecido. Os últimos dados apontam para a utilização de uma bomba com pequenos objectos metálicos no interior.

A porta-voz do ministério das Emergências russo disse que "foram enviados para a cena, às 14h00 (locais), três helicópteros MI-8 com psicólogos e uma equipa de resgate a bordo". Foram também enviados 200 militares.

As últimas imagens no local, cortesia da rádio local Kersh FM à Renascença, mostram vários militares no local.

A Rússia anexou a Crimeia em 2014, uma região que pertencia à Ucrânia e com um sentimento pró-Rússia muito forte. A anexação levantou grande revolta na cena internacional e foram impostas sanções à Rússia.

Kerch tem uma ponte que faz a ligação entre a Crimeia e a Rússia. A ponte foi inaugurada em maio pelo Presidente russo.

[em atualização]

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