Morreu um dos mergulhadores que estava a ajudar nas operações de resgate dos 12 jovens tailandeses que estão encurralados numa gruta.

O socorrista era um antigo membro da unidade de elite da marinha tailandesa e, apesar de já ter deixado a marinha, voluntariou-se para ajudar na missão de resgate. Morreu por falta de oxigénio, na noite de quinta-feira, quando regressava da missão de colocar botijas de oxigénio na potencial rota de saída das crianças.

“Depois de colocar as botijas, ele ficou inconsciente no caminho de regresso. Um outro mergulhador tentou reanimá-lo, mas como não houve reposta, tentou retirá-lo”, conta o almirante Apakorn Yuukongkaew, da marinha tailandesa, aos jornalistas. “As condições na caverna são difíceis”, acrescenta.

Este acidente ocorreu quando as equipas de socorro e busca dos 12 rapazes e do seu treinador de futebol, presos numa gruta há 13 dias, aceleravam os preparativos para a sua retirada, antes do regresso anunciado da chuva.

A marinha tailandesa garante que as operações de resgate vão continuar, apesar de reconhecer que esta é uma missão repleta de perigos.

“Pode ser uma catástrofe”

Contudo, a morte do mergulhador abalou alguns dos outros voluntários. “Um mergulhador morreu na última noite. Como é que um rapaz de 12 anos vai passar?”, questiona Rafael Aroush, um voluntário que chegou ao local na quinta-feira.

“Haverá chuva e muita coisa pode correr mal. Eu não quero dizer isto, mas pode ser uma catástrofe”, acrescenta.

Os socorristas esperam conseguir, com a ajuda de bombas, baixar o nível da água, de modo a permitir que as crianças não tenham que mergulhar durante muito tempo.

Até ao momento, um mergulhador experimentado demora cerca de 11 horas a chegar ao local onde se encontram as crianças: seis horas para ir e cinco horas para regressar, graças a corrente. O percurso estende-se por vários quilómetros através de canais acidentes, com passagens difíceis sob a água.

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