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Um novo relatório da Organização das Nações Unidas quantifica em 258 milhões o número de pessoas que saíram dos países onde nasceram e vivem em outros Estados, um aumento de 49% desde 2000.

Este relatório, com periodicidade bienal, do Departamento de Assuntos Económicos e Sociais, foi divulgado segunda-feira, no Dia Internacional das Migrações.

O subsecretário-geral para os Assuntos Económicos e Sociais, Liu Zhenmin, afirmou que “a informação de confiança é crítica para combater visões erradas sobre as migrações e basear as políticas de migração”.

No documento especifica-se que a percentagem de pessoas que são migrantes aumentou de 2,8% em 2000, para 3,4% este ano.

Porém, estas mesmas percentagens relativas aos migrantes que vivem em países de alto rendimento sobem para 9,6% em 2000 e 14,0% em 2017.

No seu discurso, o secretário-geral da ONU pediu mais solidariedade para com os migrantes, "uma vez que o sentimento de hostilidade tem crescido, infelizmente, ao redor do mundo. E, por isso mesmo, a solidariedade nunca foi tão urgente como agora”.

António Guterres lembrou que a migração é um tema que esteve sempre presente no mundo, pois as pessoas sempre se movimentaram à procura de novas oportunidades. Mas as mudanças climáticas, a instabilidade política e social, além de um aumento de desigualdades mostram que a migração veio para ficar. Nesta intervenção foi assertivo: o mundo precisa da cooperação internacional efectiva para gerir o fenómeno da migração.