A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou esta quinta-feira a proposta de reforma fiscal impulsionada pelo Presidente Donald Trump, que prevê profundos cortes de impostos para trabalhadores e empresas.

A votação refletiu a maioria republicana na Câmara baixa, com 227 votos a favor, todos republicanos, e 205 contra.

"O que estamos a fazer hoje não é determinar o sistema fiscal que vamos aplicar, o que estamos a fazer é determinar o género de país que vamos ter", assegurou pouco antes da votação o congressista republicano Paul Ryan, presidente da Câmara e um dos principais mentores da proposta.

O plano, que ainda deverá ser votado no Senado para aprovação definitiva, incluiu uma baixa do imposto, pago pelas empresas, de 35% para 20%, e reduz para quatro os actuais sete escalões de impostos.

Ryan insistiu que o plano implica um "alívio real" para a classe média e sustentou que as poupanças para uma família típica norte-americana serão de 1.182 dólares (1.000 euros) por ano.

O Presidente Trump, que designou esta reforma como "o maior acontecimento fiscal da história do país", visitou o Congresso para se reunir com os deputados antes do voto.

Em simultâneo com a Câmara, o Senado está a elaborar uma proposta paralela, com algumas alterações e que deverá ser submetida a votação em Dezembro, num órgão onde os republicanos possuem uma maioria mais frágil, aguardando-se dificuldades para que seja ratificada.