Foi anunciada, esta segunda-feira, a tomada de posse da Assembleia Constituinte da Venezuela, sujeita a sufrágio no domingo. Mas não se sabe bem quando irá acontecer.

A primeira data avançada foi quarta-feira, mas o vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela, no poder, já veio anunciar que a tomada de posse deverá acontecer em 24 horas.

"A Assembleia Constituinte é um facto e vai ser empossada no prazo máximo de 72 horas. Mas poderá acontecer em 24" horas, afirmou Diosdalo Cabello aos jornalistas.

A cerimónia vai decorrer no Palácio Federal Legislativo, sede da Assembleia Nacional (Parlamento), onde a oposição detém a maioria desde Janeiro de 2016.

A Assembleia Nacional tem sido uma das instituições mais críticas do "chavismo", estando em conflito com o Supremo Tribunal de Justiça, que a acusa de desobedecer a várias sentenças.

A 1 de Maio, o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, convocou eleições (para os 545 lugares da Assembleia Nacional Constituinte), com vista a alterar a Constituição em vigor, sobretudo no que toca às garantias de defesa e segurança da nação.

A oposição venezuelana, que decidiu não participar nas eleições, acusa Nicolás Maduro de pretender usar a reforma para instaurar no país um regime cubano e perseguir, deter e calar as vozes dissidentes.

Desde 1 de Abril, foram mortas mais de 100 pessoas nos protestos antigovernamentais que têm agitado a Venezuela. No domingo, dia das eleições, terão morrido, pelo menos, dez pessoas, sendo que a oposição fala em 16.

Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, mais de 8 milhões de pessoas participaram nas eleições para a Assembleia Constituinte, superando os 42% de adesão. A oposição fala em cerca de 12%.

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