O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou esta quinta-feira a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, aprovado em 2015 para combater as alterações climáticas.

A notícia foi avançada por documento da Casa Branca e confirmada minutos depois pelo próprio Donald Trump, numa declaração nos jardins da Casa Branca.

O Acordo de Paris "não era vantajoso" para o país e "agrava os custos para os americanos". Está na altura de "colocar os Estados Unidos em primeiro lugar", como prometeu durante a campanha eleitoral.

“O acordo de Paris deixa os Estados Unidos em desvantagem permanente em relação aos outros países do mundo, deixando o custo para os trabalhadores e contribuintes americanos, e levando ao encerramento de fábricas”, argumenta Trump.

O entendimento assinado por Barack Obama, em 2015, representa um "fardo draconiano" e vai custar milhões de postos de trabalho e biliões de dólares à economia norte-americana nas próximas décadas, disse o chefe de Estado.

"Como alguém que se preocupa muito com o ambiente, eu não posso apoiar um acordo que castiga os EUA", declarou Donald Trump.

O Presidente dos EUA vai tentar conseguir um "acordo melhor" para o seu país e "melhor para o ambiente". "Vamos negociar e tentar alcançar um acordo justo. Se conseguirmos isso, seria bom".

Garantiu que os Estados Unidos vão cessar, já “a partir de hoje”, a implementação das partes não vinculativas do acordo de combate às alterações climáticas, nomeadamente cortar imediatamente as contribuições para o Pacto de Paris e o financiamento do Fundo Verde para o Clima das Nações Unidas.

Com esta decisão os EUA juntam-se à Nicarágua e à Síria no grupo de países que não assinaram o Acordo de Paris.

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