Donald Donald Trump deu a sua primeira ordem de guerra: um ataque contra uma base militar utilizada pelas forças do presidente da Siría, Bashar al-Assad, junto à cidade de Homs. Esta decisão já motivou várias reacções internacionais.

O Observatório Sírio adianta que a base ficou totalmente destruída, depois de ter sido consumido por um incêndio durante mais de uma hora. O Exército sírio confirma seis mortos.


A operação dos Estados Unidos é uma resposta a um ataque com armas químicas na localidade de Khan Sheikhoun, na província síria de Idlib, no norte da Síria. O ataque químico provocou pelo menos 86 mortos e está a ser atribuido ao regime do Presidente Bashar al-Assad.

A Rússia foi a primeira a condenar o ataque aéreo dos EUA. Em comunicado, o Kremlin define o bombardeamento como uma “agressão contra uma nação soberana” e um membro da ONU, baseado “num pretexto inventado”, e pede uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Já a oposição síria congratulou-se com o ataque e pediu a continuação dos bombardeamentos até à “neutralização da capacidade” do regime de lançar ataques, disse um porta-voz. “O aeroporto visado pelo ataque norte-americano era utilizado para matar sírios e está na origem da morte de milhares devido aos bombardeamentos”, sublinhou.

O Reino Unido aplaude o ataque. O Governo de londres "apoia plenamente a acção dos Estados Unidos". Estes ataques são “uma resposta apropriada ao ataque bárbaro com armas químicas realizado pelo regime sírio”, afirmou o porta-voz de Downing Street.

Israel, Arábia Saudita e Austrália apoiam o ataque. Um comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que a ofensiva ordenada pelo Presidente norte-americano envia uma “mensagem forte”, que deve também ser entendida pelo Irão e pela Coreia do Norte.

Também a Arábia Saudita saudou a "corajosa decisão" de Trump, num comunicado divulgado pela agência de notícias estatal, em que culpa o Governo de Assad pelo ataque químico contra civis. O ministro dos Negócios Estrangeiros saudita afirmou que os mísseis lançados pelos Estados Unidos foram a resposta adequada aos “crimes deste regime contra o seu povo, à luz do falhanço da comunidade internacional em travá-los”.

O primeiro-ministro da Austrália, Malcolm Turnbull, manifestou o “forte apoio” aos Estados Unidos. “Foi uma resposta calibrada, proporcional e com um alvo. Envia uma forte mensagem ao regime de Assad, e atinge a própria base aérea de onde o ataque químico foi realizado", afirmou Turnbull aos jornalistas em Sydney.

A Turquia apelida o ataque de "extremamente positivo". "Quaisquer passos dados no sentido de fazer justiça face a crimes similares contam com o apoio turco", disse o Ministério do Negócios estrangeiros turco.

O Irão condenou "vigorosamente" os bombardeamentos desta madrugada, contra a base aérea síria. “Nós condenamos qualquer acção unilateral e o ataque contra a base aérea de Al-Chaayrate sob o pretexto de um suposto ataque químico, terça-feira, em Khan Cheikhoun”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Teerão, citado pela agência Fars.

Numa posição de conciliação, a China apelou ao diálogo. Pequim pede para que seja evitada uma “nova deterioração da situação” na Síria. Por outro lado, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros disse que a República Popular da China opõe-se ao uso de armas químicas.