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A primeira-ministra britânica disse esta quinta-feira no Parlamento que o atacante de Westminster “tinha nacionalidade britânica e já tinha sido investigado por suspeitas de extremismo violento”.

O homem não constava, contudo, da lista actual dos serviços secretos. A sua identidade é conhecida da polícia e deverá ser revelada em breve, adiantou Theresa May.

Nesta altura, “está a decorrer uma investigação. Os nossos agentes estão a trabalhar durante dia e noite para saber as motivações e tudo o que esteve implicado neste plano”, acrescentou, dizendo ainda que as autoridades continuam a acreditar que o atacante “agiu sozinho, influenciado pela ideologia fundamentalista islâmica”.

No Parlamento, a casa onde “as pessoas do mundo livre se juntam”, Theresa May afirmou que o atentado levado a cabo na quarta-feira “foi um ataque contra todas as pessoas livres”.

“Já falei com representantes de vários países e todo o mundo está connosco neste momento”, afirmou ainda.

A primeira-ministra elogiou depois a acção das forças de segurança do Parlamento, nomeadamente Keith Palmer, “um pai e marido que se colocou entre nós e o atacante, pagando o preço mais alto”.

Theresa May destacou a “excepcional bravura do nosso polícia, que foi ao encontro do perigo ao mesmo tempo que encorajava outros a fugir dele”.

“As suas acções nunca serão esquecidas”, acrescentou.

Na sequência do ataque de quarta-feira, a segurança vai ser reforçada nas ruas, “com mais polícias e mais armados”, e foi aprovado um pacote de 2,5 mil milhões de euros para aumentar a rede global de contraterrorismo, que conta com a colaboração de países “do Médio Oriente, África e Ásia”.

“A polícia fez o seu papel heroicamente”, mas a verdadeira resposta a estes actos é dada pelas pessoas, no seu dia-a-dia, quando não se inibem de sair à rua, de ir trabalhar e de fazer a sua vida normal, destacou a primeira-ministra britânica.

“Milhares de actos de normalidade são a melhor resposta ao terrorismo. É a recusa de que não os deixaremos ganhar, a afirmação de que não vamos desistir”, sublinhou.

“Por isso, que hoje a mensagem seja esta: os nossos valores irão prevalecer”, terminou.

Alguns números do atentado

Perante os deputados, Theresa May confirmou as buscas realizadas pela polícia britânica em Birmingham e Londres, que deram origem já a oito detenções.

A primeira-ministra elencou também as nacionalidades dos feridos:

- 12 britânicos

- 2 romenos

- 3 menores franceses

- 1 alemão

- 4 sul-coreanos

- 1 polaco

- 1 chinês

- 1 irlandês

- 1 italiano

- 1 americano

- 2 gregos

Entre os feridos estão três polícias, dois ainda em estado grave. No total, pelo menos 29 pessoas estão hospitalizadas, sete das quais em estado crítico.

Sabe-se também que havia também um português entre os feridos e, esta quinta-feira, ficou-se a saber que uma das vítimas mortais, Aysha Frade, professora, era casada com um cidadão português.

O ataque de quarta-feira custou ainda a vida a dois civis, que foram atropelados, além do polícia do Parlamento. O atacante foi abatido pelas autoridades antes de conseguir entrar em Westminster.

No total, e segundo as informações mais recentes, o atentado provocou quatro mortos, incluindo o atacante.