A decisão do Reino Unido de sair da União Europeia (UE) "reforça as incertezas" para a economia mundial, referiram os ministros das Finanças das maiores economias do mundo (G20), reunidos em Chengdu, na China.

Os ministros e os governadores dos bancos centrais do G20 quiseram no entanto deixar uma mensagem positiva, considerando que os países da UE "estão bem posicionados" para enfrentar "de forma dinâmica" as eventuais repercussões económicas e financeiras do 'Brexit', segundo o comunicado final da reunião.

Os responsáveis manifestaram dúvidas em relação à forma como Londres e a Europa se vão separar, com o governador do Banco do Japão a considerar que se trata de um assunto "importante na ordem do dia".

O Fundo Monetário Internacional (FMI) baixou na terça-feira as suas previsões de crescimento mundial para 2016 e 2017, avisando que as incertezas prolongadas em relação ao Brexit podem gerar uma descida ainda mais acentuada.

"O essencial do Brexit ainda está por acontecer e repercussões ainda mais negativas são uma clara possibilidade", referiu o FMI na reunião do G20.

Além do caso britânico, "persistem fortes riscos, a volatilidade financeira continua elevada e os conflitos geopolíticos, o terrorismo e o fluxo de migrantes continuam a afectar as economias", refere-se no comunicado do G20, que fala numa retoma "mais fraca que o esperado".