O ministro da Justiça turco, Bekir Bozdag, anunciou que até ao momento já foram detidas seis mil pessoas relacionadas com o golpe de Estado falhado na passada sexta-feira.

Mas o processo está longe de acabar, segundo garante o governante citado pelo canal turco NTV .

“O processo judicial vai continuar”, avança Bozdag.

Citado pela agência Reuters, o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Marc Ayrault, falou sobre os graves incidentes na Turquia para dizer que a tentativa de golpe de Estado não dá "carta branca" ao presidente Erdogan para iniciar uma purga no país.

Pelo menos 265 pessoas morreram na tentativa de golpe de estado . O mais recente balanço foi feito pelas autoridades turcas. De acordo com a mesma fonte, entre os mortos estão 161 civis e elementos da polícia e 104 elementos revoltosos.

Depois de controlado o movimento rebelde, o presidente turco, Tayyip Erdogan, falou à imprensa, considerando que a tentativa de golpe foi como um “presente de Deus” que permitirá “limpar” o Exército.

"Este levantamento, este movimento é um grande presente de Deus para nós, porque o exército será limpo”, disse, em conferência de imprensa, pouco depois de aterrar em Istambul, assegurando que os golpistas vão pagar caro pela sua “traição”.

O Conselho Supremo dos Juízes e Procuradores da Turquia decidiu afastar 2.745 juízes, meras horas depois da tentativa de golpe de Estado no país. Os magistrados são suspeitos de terem ligações a Fethullah Gülen, rival do Presidente Erdogan e radicado nos EUA –apontado, sem provas, como o mentor da acção militar desta sexta-feira.

A maioria (2.204) exerce em tribunais comuns, os restantes (542) são juízes em tribunais administrativos.

Segundo a imprensa turca há ainda dez elementos do Conselho de Estado que foram detidos, também por suspeitas de ligação à tentativa de golpe de Estado.

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