Os autores do massacre de 14 pessoas na quarta-feira em San Bernardino, Califórnia, já foram identificados pela polícia como um jovem casal muçulmano, mas ainda não é claro que o crime tenha sido um acto de terrorismo com motivações religiosas.

Syed Rizwan Farook e Tashfeen Malik, de 28 e 27 anos, conheceram-se online e recentemente tinham tido uma filha. Syed é descrito pelos seus colegas no Departamento de Saúde local como sendo reservado mas simpático e muito devoto. Uma colega disse que para todos os efeitos parecia que ele estava a “viver o sonho americano”.

Mas esse sonho revelou-se um pesadelo, na quarta-feira, quando Syed abandonou a festa da empresa, aparentemente zangado e nervoso, e voltou passados 20 minutos com pelo menos uma pessoa, ambos mascarados e fortemente armados. Seguiu-se um massacre que deixou mortas 14 pessoas e feriu pelo menos 17.

Os dois suspeitos puseram-se em fuga numa carrinha mas foram interceptados e mortos pela polícia num tiroteio.

As autoridades ainda não conseguiram determinar as motivações do jovem casal, mas a possibilidade de terrorismo não foi descartada. Sabe-se que Farook viajou recentemente para a Arábia Saudita e foi de lá que regresso, segundo a imprensa americana, com uma mulher, que disse ter conhecido online. Farook nasceu nos EUA mas não se sabe ainda de onde era natural Tashfeen, nem se eram legalmente casados.

Alguns dos presentes no local do tiroteio dizem que Farook terá tido uma discussão antes de sair do encontro, e que estava a comportar-se de forma estranha, mas a polícia diz que a quantidade e o calibre das armas encontradas na posse do casal dão a entender que o ataque foi planeado, o que parece descartar a hipótese de uma reacção exagerada após uma discussão entre colegas.

Segundo as autoridades as armas usadas no ataque foram todas compradas legalmente.

Até ao momento, e ao contrário do que se passou noutros atentados do género, incluindo os ataques de Paris, este massacre não foi reivindicado por qualquer grupo jihadista internacional.

A polícia continua a interrogar pessoas próximas do casal, para tentar determinar as motivações do crime.