É mais um passo com vista à possível participação britânica na ofensiva contra o autodenominado Estado Islâmico. Os deputados do Partido Trabalhista britânico, liderado por Jeremy Corbyn, vão ter liberdade de voto sobre uma eventual intervenção militar da Grã-Bretanha.

A notícia é avançada pelo jornal britânico “The Telegraph”.

O líder do partido, que é publicamente contra a vontade do primeiro-ministro David Cameron, deu a conhecer os resultados de uma sondagem que revelava que 75% dos membros do partido seriam contrários à intervenção militar na Síria. No entanto, as vozes críticas de Corbyn dentro do partido vieram a público duvidar da veracidade dos resultados, sugerindo que estes poderiam estar a ser usados como como forma de pressão aos deputados do partido.

O mesmo jornal noticia que o novo líder trabalhista terá telefonado ao primeiro-ministro pedindo-lhe para adiar a votação, que estaria agendada para esta quarta-feira.

Cameron tem defendido que o país deve intervir militarmente na Síria, juntando-se aos Estados Unidos, Rússia e França nos bombardeamentos a posições do Daesh, posição assumida depois dos atentados de Paris, a 13 de Novembro.

Depois de ter reforçado esta posição numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente francês François Hollande, em visita à capital francesa no final da semana passada, Cameron voltou a insistir. O governante britânico usou um comunicado para pedir aos deputados para apoiarem os bombardeamentos, argumentando que “a ameaça do Daesh é uma das maiores à nossa segurança”. E logo questionando: “Se não for agora, será quando?”.