O supremo tribunal italiano rejeitou esta quinta-feira o recurso de Silvio Berlusconi, mantendo por isso a pena de quatro anos de prisão, comutados a um ano, do ex-primeiro-ministro. 

Berlusconi foi condenado por fuga aos impostos, no que é chamado o caso "Mediaset". Esta foi a sua primeira condenação definitiva, mas existem mais cerca de 30 processos contra o ex-chefe do Governo italiano, com acusações que variam entre fraude e corrupção até relações sexuais com uma prostituta menor.

O Tribunal de Cassação ordenou ainda que fosse revista uma proibição de exercício de cargos públicos, que foi imposto devido à mesma condenação, pelo que Berlusconi pode manter o seu cargo de senador e líder do Partido do Povo da Liberdade (PPL).

A decisão do tribunal pode ter repercussões na vida política do país. Apesar de Berlusconi ter garantido que o seu partido continuará a apoiar a coligação que actualmente forma o Governo, vários membros influentes do PPL tinham já apelado a um abandono da coligação no caso do ex-governante ser condenado.

O partido de Berlusconi, de centro-direita, governa em coligação com o Partido Democrático, de centro-esquerda. Também vários membros do PD já se mostraram descontentes com o facto de se encontrarem em coligação com o partido de Berlusconi e podem tentar agora provocar o fim do pacto. 



[notícia actualizada às 19h33]