Marcelo Rebelo de Sousa chegou à assembleia de voto, neste domingo, pouco depois das 13h00. Depois de cumprimentar os populares que ali se encontravam, em Celorico de Basto, votou.

À saída, instigado pelos jornalistas, voltou a sublinhar a importância de os portugueses saírem do comodismo para ir votar.

“Vão ser anos que não vão ser fáceis. Quando há uma guerra comercial e financeira em curso, e que se pode agravar, entre potências mundiais; quando há a relação difícil entre o Reino Unido e a União Europeia, quando há um novo ciclo na vida da União Europeia, com novos líderes; tudo isso pode levar a uma desaceleração da economia mundial e que chega a todos os países, incluindo Portugal”, apontou.

Confrontado com os números da afluência às urnas (18,83% até ao meio-dia), o chefe de Estado confirmou que, ali onde votou, “a percentagem era claramente superior às europeias”.

Aproveitou então para renovar o apelo. “As pessoas têm de perceber que vão ser quatro anos com aquelas dificuldades, quatro anos em que o voto de hoje vai ter um efeito fundamental”.

Por isso, “está nas mãos dos portugueses, votando, mostrar que estão atentos ao mundo, à Europa, atentos ao que se passa”, afirmou. E, “sabendo [o que se passa], demitirem-se do direito de voto, penso eu, é um erro. É legítimo, mas é um erro”, destacou.

Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda que esta foi a pré-campanha eleitoral “mais longa da democracia portuguesa e não me lembro de ter visto um número tão elevado de hipóteses de escolha” num boletim.

Por isso, “as pessoas podem escolher, de facto, e devem tirar-se do seu comodismo, da sua indiferença e ir votar”, concluiu.

Das eleições legislativas deste domingo vai sair uma nova constituição do Parlamento, sendo eleitos 230 deputados.