António Costa recusa discutir de novo com os professores a contagem integral do tempo de serviço das carreiras, mas admite negociar outras matérias como a estabilidade da colocação dos docentes nas escolas.

No debate desta segunda-feira nas televisões com Rui Rio, o secretário-geral do PS promete negociações para fixar os professores nas escolas.

“Sobre esse tema não, mas há muitos temas que estamos disponíveis para discutir com os professores. Uma questão crucial é termos carreiras que se estabilizem no local de prestação de trabalho. Os professores têm a única carreira na Administração Pública onde se leva muitos anos até se ser efetivo numa escola. Isso é mau para os próprios, é péssimo para a escola e muito mau para a coesão territorial.”

“Estamos disponíveis para negociar com os sindicatos um modelo em que, em vez de haver concursos obrigatórios de quatro em quatro anos, existam apenas concursos facultativos para quem queira mudar de escola”, defendeu.

António Costa mostra-se disponível para negociar com os sindicatos a possibilidade de, a partir de um limiar de idade, educadores de infância e do primeiro ciclo possam manter-se ativos, mas sem dar aulas diariamente.

Quanto ao líder do PSD, Rui Rio, garantiu aos professores que vai negociar, sabendo que a margem para aumentar salários é “muito escassa”, o que pode ser compensado com reformas antecipadas ou redução de horário.

O presidente social-democrata promete tratar todas as classes por igual e acusa António Costa de ser “forte com os mais fraquitos”, quando recusou aumentar os professores e subiu a remunerações dos magistrados.