O UBS está a negociar a compra da totalidade ou de parte do capital do Credit Suisse, segundo avançou Financial Times.

A publicação avança que os conselhos de administração das duas maiores instituições financeiras suíças deverão reunir-se separadamente, durante o fim de semana, para avaliar a viabilidade da operação. Caso se confirme, pode ser a maior fusão bancária na Europa desde a crise financeira.

Segundo o Financial Times, as negociações estão a ser promovidas pelo banco central, o Banco Nacional Suíço, e a autoridade reguladora dos mercados mobiliários da Suíça, Finma. A intervenção surge dias depois de o banco central ter sido forçado a ceder uma linha de crédito de emergência de 50 mil milhões de francos suíços (54 mil milhões de dólares) ao Credit Suisse.

Contudo, a medida não conseguiu travar uma nova queda no preço das ações do banco, que já tinha caído para mínimos históricos depois de o seu maior investidor, o Banco Nacional da Arábia Saudita, ter anunciado que ia cessar os investimentos no Credit Suisse.

Os reguladores suíços disseram aos homólogos americanos e britânicos, sexta-feira à noite, que a fusão dos dois bancos era o "plano A" para travar um colapso na confiança no Credit Suisse, segundo fonte da publicação.

No entanto, a Bloomberg noticiou recentemente que o banco UBS e o Credit Suisse apenas admitiam a possibilidade de uma fusão como último recurso, já que fontes próximas referiam que o UBS estaria relutante em assumir riscos relacionados com o Credit Suisse.

As ações da instituição bancária Credit Suisse abriram em alta na Bolsa de Zurique, esta sexta-feira, com uma subida de 2,8%, mas baixaram 1,2% em poucos minutos, relativamente aos valores de quinta-feira.

Na sessão anterior tinha-se registado uma subida de 19% que, em parte, compensou a queda de 24% ocorrida na quarta-feira.

Esta sexta-feira, os investidores continuaram atentos à cotação do segundo maior banco da Suíça, uma das 20 maiores instituições bancárias da Europa, depois da quebra histórica desta semana.