A Comissão Europeia aprovou um "auxílio de emergência português" à companhia aérea TAP, um apoio estatal de 1,2 mil milhões de euros para responder às "necessidades imediatas de liquidez" com condições predeterminadas para o seu reembolso.

O valor corresponde ao tecto máximo de ajuda estatal definida na proposta de orçamento suplementar aprovada pelo Governo. No entanto, a comissária responsável pela pasta da Concorrência, Margrethe Vestager, adianta que estes milhões abrem caminho a uma reestruturação que garanta a sua viabilidade a longo prazo.

"A Comissão Europeia aprovou, ao abrigo das regras comunitárias em matéria de auxílios estatais, os planos de Portugal de conceder um empréstimo de emergência de 1,2 mil milhões de euros a favor da TAP", anunciou o executivo comunitário, notando que a medida visa dotar a transportadora de bandeira "dos recursos necessários para fazer face às suas necessidades imediatas de liquidez, sem afetar indevidamente a concorrência no mercado único".

Porém, uma vez que a TAP já estava numa débil situação financeira antes da pandemia de Covid-19, a empresa "não é elegível" para receber uma ajuda estatal ao abrigo das regras mais flexíveis de Bruxelas devido ao surto, que são destinadas a "empresas que de outra forma seriam viáveis".

"Por conseguinte, a Comissão apreciou a medida ao abrigo das suas orientações relativas aos auxílios de emergência e à reestruturação, que permitem aos Estados-membros apoiar empresas em dificuldade, desde que, em especial, as medidas de apoio público sejam limitadas no tempo e no âmbito e contribuam para um objetivo de interesse comum", sustenta o executivo comunitário.

Em concreto, "as autoridades portuguesas comprometeram-se a reembolsar o empréstimo ou a apresentar um plano de reestruturação no prazo de seis meses, a fim de assegurar a viabilidade futura da TAP", adianta a Comissão Europeia, explicando assim que deu o seu aval também tendo em conta que a aviação foi um setor particularmente atingido pela Covid-19, dada a suspensão das viagens.

Portugal, com 1.492 mortes registadas e 35.306 casos confirmados é o 25.º país do mundo com mais óbitos e o 31.º em número de infeções.


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