Nem duas semanas passaram desde que António Costa garantiu que o remanescente da dívida ao Fundo Monetário Internacional (FMI) seria saldado "até ao final do ano".

A garantia tinha sido deixada pelo primeiro-ministro a 29 de novembro e, quase duas semanas depois, Portugal acabou esta segunda-feira de saldar a dívida.

Assim confirmou o ministro das Finanças, Mário Centeno, numa conferência de imprensa em que anunciou que o último reembolso, na ordem dos 4.700 milhões de euros, foi pago hoje.

Com este pagamento antecipado, autorizado na semana passada pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), o Governo conseguiu poupar 100 milhões de euros em juros e completar a amortização antecipada da totalidade do empréstimo que tinha sido concedido pela instituição ao país no resgate financeiro de 2011.

A 4 de dezembro, o presidente do MEE, Klaus Regling, tinha explicado que a amortização antecipada da última tranche iria gerar um benefício financeiro para Portugal, substituindo a dívida ao FMI por empréstimos no mercado de capitais a preços mais baixos.

Em 2011, em plena crise das dívidas soberanas da periferia da Zona Euro, Portugal pediu assistência financeira ao FMI, ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira e ao Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira. Do resgate total de 78 mil milhões de euros, a fatia emprestada pelo FMI foi de 26,3 mil milhões.

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