Como conseguir um crescimento mais forte da economia portuguesa? Porque é que continuamos a ser ultrapassados pelos países do Leste, que aderiram à UE muito depois de nós? Em entrevista à Renascença, a economista que lidera, desde 2021, a missão do FMI em Portugal avisa que ainda "há um longo caminho a percorrer", e aconselha o Governo a aumentar a proporção do investimento público produtivo nos gastos totais.
Gita Gopinath alertou também que "o stress financeiro pode gerar tensões entre os preços dos bancos centrais e os objetivos de estabilidade financeira".
A diretora-geral do FMI sublinha que, atualmente, mais de 155 países estão em diferentes fases de desenvolvimento de moedas digitais apoiadas por bancos centrais e que alguns fizeram progressos "bastante significativos".
"No quadro da economia e finanças globais, existe uma distorção injusta e sistemática a favor dos países ricos que, como é natural, tem gerado uma enorme frustração no mundo em vias de desenvolvimento", disse Guterres na Cimeira do G7.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um crescimento da economia portuguesa de 2,6% este ano, número superior aos 1% previstos há um mês. Espera-se também uma estabilização em torno dos 2% no médio prazo, apontando para uma inflação de 5,6% em 2023.