O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, acredita que, no fim, o diferendo entre trabalhadores e administração da Autoeuropa vai ser ultrapassado.

A administração decidiu que, a partir de Fevereiro, vai implementar de forma unilateral novos horários de trabalho. Os trabalhadores rejeitaram e vão reunir-se em plenário dia 20.

Em declarações à Renascença, o líder da CGTP acredita que com vontade, por parte da administração da empresa, tudo acabará em bem.

“Eu acho que vai haver um entendimento. Agora, o entendimento depende sempre das partes. Cabe à Autoeuropa fazer um reajustamento da sua posição e, mais do que manter a imposição unilateral de uma medida, admitir a discussão com a comissão de trabalhadores ou com os sindicatos de formas de ultrapassar o problema.”

Arménio Carlos não poupa criticas ao Governo, a quem acusa de ser mais passivo que activo num processo em que, denuncia, está mais do lado da administração da empresa do que dos trabalhadores.

“Eu acho que neste caso concreto o Governo deve avisar menos e trabalhar mais na rectaguarda para encontrar soluções de consenso. Acho que o Governo podia ter feito mais, até agora. Tornou-se muito espectador e foi um tanto ou quanto acomodado a posições da Autoeuropa”, critica o secretário-geral da CGTP.

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