O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, defendeu esta terça-feira que "a confiança de Bruxelas deve estar a par da confiança dos investidores", realçando que a proposta do Orçamento do Estado para 2016 (OE2016) "aumenta a confiança dos investidores".

"O Orçamento para este ano é um orçamento que devolve rendimento e diminui a carga fiscal e isso aumenta a confiança dos investidores, mas sobretudo a dos portugueses", afirmou o governante quando questionado sobre as dúvidas de Bruxelas relativas à proposta de OE2016, à margem da conferência de imprensa sobre a aquisição pelo grupo tailandês Minor dos 14 hotéis Tivoli em Portugal e no Brasil.

Caldeira Cabral defendeu que "a confiança de Bruxelas deve estar a par da confiança dos investidores", transpondo para o exemplo do grupo tailandês, que investiu "quase 300 milhões de euros" na compra da Tivoli, marca que quer exportar para Ásia, Médio Oriente e África nos próximos cinco anos.

"O que temos aqui é investidores internacionais a fazer investimento. Prova de que os empresários acreditam no país e prometem fazer novos investimentos", acrescentou o ministro da Economia, escusando-se a fazer mais comentários sobre a proposta de OE2016.

Caldeira Cabral realçou que o papel do Ministério da Economia é "simplificar a vida a quem quer investir em Portugal, simplificando os processos".

MNE: OE "cumpre escrupulosamente" tratados com UE

No Parlamento, esta terça-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmou que o OE2016 "cumpre escrupulosamente" os tratados orçamentais europeus e sublinhou que os compromissos de Portugal com a União Europeia são para manter.

“O Orçamento do Estado que o Governo propõe à Assembleia para 2016 cumpre escrupulosamente os critérios aplicáveis do Pacto de Estabilidade e Crescimento na conjugação do que está disposto no tratado orçamental e da comunicação da Comissão Europeia sobre a leitura e a interpretação do tratado orçamental”, disse o ministro, durante a comissão parlamentar de negócios estrangeiros e comunidades portuguesas.

A Comissão Europeia irá decidir até sexta-feira se o projecto de plano orçamental para 2016 acarreta "incumprimentos particularmente graves" do Pacto de Estabilidade e Crescimento, determinando assim se o Governo precisa ou não de apresentar um documento revisto.

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